Hábito, comum em festas, como o Carnaval, pode causar problemas ao estômago, fígado e coração; médico gastroenterologista elenca os riscos e alerta para o consumo responsável.
O Carnaval brasileiro é uma das maiores festas populares do mundo, atraindo pessoas de todos os lugares do planeta para se divertir nos cinco dias de folia que praticamente param o país. Na festança, que coincide com o verão no Brasil, é comum o aumento do consumo de bebidas alcóolicas e energéticas, que animam os foliões e ajudam a espantar o calor e o cansaço.
No entanto, embora o hábito de consumir esses produtos seja comum, é preciso ficar atento, pois pode prejudicar a saúde. Dr. Rafael Beltrami, médico gastroenterologista da clínica Ápice Medicina Integrada, de Sorocaba (SP), afirma que a prática pode provocar diversos malefícios ao organismo. “O principal efeito nocivo é a embriaguez. Sentir tontura, boca seca ou perda dos sentidos é um sinal de que a pessoa passou muito da conta e o corpo dá indícios de que está intoxicado ou envenenado”, alerta.
O dia seguinte é igualmente perigoso. “Vômitos constantes acontecem em decorrência da irritação da mucosa do estômago, que pode levar à gastrite e, também, pela intoxicação do fígado, que ficou sobrecarregado para metabolizar o álcool. A dor de cabeça também surge, em razão da desidratação causada pela substância, que é diurética. Casos graves podem levar ao coma alcoólico e, até mesmo, à morte”, adverte o especialista.
Outro tipo de bebida que costuma ser consumido em excesso durante o Carnaval é o energético. “Não é fácil ficar pulando dia e noite, durante os cinco dias de festa. O corpo tem um limite que precisa ser respeitado. É natural sentir-se cansado, sendo que também é esperado que haja descanso suficiente para o dia seguinte. No entanto, para evitar essa sensação natural, muitas pessoas fazem uso dos energéticos, substâncias de sabor atrativo e de livre comercialização, mas que possuem ingredientes, como a cafeína e a taurina, que são estimulantes poderosos, mascarando a fadiga e dando energia para seguir em frente”, explica Dr. Rafael. Acontece que o consumo excessivo de estimulantes interfere em todo o organismo. “A pessoa pode sentir náuseas, taquicardia, irritabilidade, tremores, dentre outros sintomas, o que é extremamente perigoso para quem possui predisposição a problemas cardíacos”, comenta o médico da Ápice Medicina Integrada.
Outro hábito frequente, principalmente entre os jovens que curtem o Carnaval, é o de beber as duas bebidas combinadas. “Misturar energético e bebida alcoólica é muito perigoso, pois, enquanto o álcool é depressor, o energético é estimulante. Com isso, uma bebida acaba ‘mascarando’ os efeitos da outra e a pessoa bebe cada vez mais, pois não sente os efeitos colaterais”, revela o gastroenterologista.
Ainda mais um complicador é que aqueles que misturam as duas bebidas costumam ter os sentidos de proteção prejudicados. “A pessoa se sente mais estimulada a participar de situações arriscadas, como dirigir alcoolizado, por exemplo. Há um aumento na agitação e acentuada desidratação”, pontua o especialista. “Para a saúde, é como acelerar um carro e pisar no freio ao mesmo tempo. Substâncias com efeitos opostos podem levar o organismo a um colapso”, complementa Dr. Rafael.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3229-0202, pelo site: apice.med.br ou pelo Facebook: facebook.com/apicemedicinasorocaba. A Ápice Medicina Integrada fica localizada na Rua Eulália Silva, 214, Jardim Faculdade, em Sorocaba (SP).
Resultados e aplicações: entenda o que muda em cada método. Nos últimos anos, muito se ouviu sobre a...
Leia Mais
Segundo a OMS, 2,5 bilhões de pessoas sofrerão com algum grau de perda auditiva até 2050. A perda auditiva é uma...
Leia Mais
Chamada de otite de verão, infecção no ouvido pode causar incômodos e também pode acontecer em contato com piscinas...
Leia Mais