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Avanço tecnológico leva microchip para próteses de silicone

  • Cirurgião plástico pode acessar dados do implante e do paciente, por meio de dispositivo eletrônico; recurso torna próteses mais seguras, além de revelar possíveis intercorrências, sem necessidade de exames ou cirurgias.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas. Segundo dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery, de 2016, em todo o mundo foram realizados 20 milhões de procedimentos cosméticos cirúrgicos e não-cirúrgicos. Só no Brasil, foram 2 milhões, estando apenas atrás dos Estados Unidos, com 4,5 milhões. Em terceiro lugar está o Japão com 1,2 milhão de procedimentos.

Com tantas intervenções, centros clínicos especializados e cada vez mais médicos atuando no setor, surge a necessidade de controlar, com maior rigor, a procedência, a segurança e a qualidade das próteses utilizadas, além de ter um acompanhamento cada vez mais detalhado da saúde dos pacientes.

Neste sentido, visando à integridade próteses de silicone e a segurança do procedimento, foi lançada no mercado uma nova geração de implantes chamados de “inteligentes”. Eles contam com um microchip, onde são armazenadas diversas informações, como conta Dr. Filipe Alferes, cirurgião plástico do Hospital Santo Antonio de Votorantim (SP). “A prótese inteligente é visualmente igual às convencionais, no entanto, a tecnologia empregada muda bastante, pois possuem um microchip, onde estão informações, como nome do fabricante, data de fabricação, lote, modelo, data da cirurgia e dados de identificação e de saúde da pessoa que recebeu a prótese mamária”, detalha.

Com essas informações armazenadas no silicone, é muito mais rápido, prático e eficiente o acesso às informações do produto e do paciente. A captação dos dados será feita por meio de leitor compatível, um acessório de uso exclusivo do médico. “O cirurgião plástico, ao aproximar o leitor da prótese, já recebe todas essas informações, o que pode ser muito útil, caso o paciente precise passar por outro médico que desconheça seu histórico, seja por mudança de cidade, ou em uma situação de emergência”, enfatiza Dr. Filipe.

Outro recurso empregado, segundo a fabricante, é a capacidade maior de distensão do elastômero (invólucro da prótese), que consegue ter 30% a mais que as próteses tradicionais, além de ser nano texturizada, induzindo, assim, a um menor risco de rejeição.

Tanta tecnologia assim parece custar uma fortuna, no entanto, as novas próteses, que chegaram ao mercado brasileiro em julho deste ano, custam aproximadamente 10% a mais do que às convencionais. “Visto que é um produto de alta tecnologia, o preço acaba sendo um pouco superior, porém, compensa, devido à precisão que o dispositivo eletrônico propicia. Além disso, ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar, o componente eletrônico do silicone não interfere em sistemas eletromagnéticos, como raio x de aeroportos, portas de bancos ou exames de radiografia”, explica o especialista do Hospital Santo Antonio.

A funcionária pública Patricia Soares, 48 anos, optou pela novidade, seguindo a orientação do médico e realizou a cirurgia no início do último mês de setembro. A paciente já possuía uma prótese, colocada há 17 anos e decidiu trocar por motivos estéticos. “Achei interessante por ser uma prótese de última geração, com qualidade superior e ainda ter essa vantagem da tecnologia”, relata.

Assim como ocorre com todas as próteses, a indicação da cirurgia não depende somente do anseio do paciente. “Quem deseja colocar uma prótese de silicone precisa, antes de tudo, consultar um cirurgião plástico credenciado na Associação Brasileira de Cirurgia Plástica e no Conselho Regional de Medicina. Assim, a segurança é bem maior. Feito isto, são realizados exames para atestar as condições de saúde e, dependendo do caso, também são feitas consultas com médicos e psicólogos. Com tudo em ordem, é possível realizar a cirurgia com o menor risco possível de complicação”, conclui Dr. Filipe.

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