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Degeneração dos nervos da face provoca quadros de dores intensas e incapacitantes

Doença conhecida por neuralgia do trigêmeo acomete, principalmente, mulheres acima dos 50 anos; médico especialista no tratamento da dor crônica fala sobre causas, diagnóstico e opções de tratamento.

De repente, uma dor muito intensa acomete a face. Por alguns segundos, a sensação desconcertante é de como se uma furadeira atravessasse a cabeça. Porém, da mesma forma como apareceu, some e, depois, retorna em crises que podem distar minutos, horas ou dias.

Esses são sinas da neuralgia do trigêmeo, uma doença que provoca uma das dores mais intensas e incapacitantes já conhecidas. O mal acomete, principalmente, as mulheres acima dos 50 anos de idade e pode reduzir, drasticamente, a qualidade de vida de quem convive com o problema.

Dr. Bernardo da Silveira, médico especialista no tratamento da dor crônica da clínica Ápice Medicina Integrada, de Sorocaba (SP), explica que os sintomas são provocados em razão de um processo degenerativo no nervo trigêmeo. “É o verno que conecta as sensações da face. A sensibilidade tátil da região dos olhos, nariz, boca, testa, bochechas, queixo e maxilar, enviando os estímulos ao cérebro. Nos casos de neuralgia, há uma anomalia que altera o funcionamento da estrutura, levando aos quadros de dor”, conta.

O dano ao nervo trigêmeo ocorre nas bainhas de mielina. “São composições de gorduras, que envolvem todos os nervos do corpo. Para que se entenda melhor, elas são como a capa plástica dos cabos elétricos. A função também é semelhante: proporcionar isolamento elétrico ao sistema nervoso e evitar ‘curtos-circuitos’ e ‘fuga de corrente elétrica’ proveniente dos estímulos nervosos do organismo”, detalha o médico.

Quando há um dano nas bainhas de mielina, os nervos ficam expostos e podem surgir doenças que variam de acordo com a região acometida. “No caso dos nervos da face, surge a neuralgia do trigêmeo, que provoca dor intensa. Quando a desmielinização afeta determinada região do cérebro, pode ocorrer a esclerose múltipla e, assim, por diante”, complementa Dr. Bernardo.

O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo envolve análises clínicas e de imagem. “O médico neurologista normalmente chega ao diagnóstico apenas com a análise clínica dos sintomas. O exame de ressonância magnética confirma o quadro e orienta para novas opções de tratamento a quem não apresentou resultados positivos após as primeiras intervenções”, diz o especialista.

O tratamento é iniciado com o uso de medicamentos específicos. “Geralmente, começamos indicando medicações para o tratamento da dor neuropática, que pode ter a dose aumentada, ou diminuída, de acordo com a resposta do organismo. Em casos mais severos, pode ser indicada a cirurgia ou os tratamentos específicos para o controle da dor, sempre orientados por um médico clínico de dor”, frisa Dr. Bernardo.

A técnica considerada “padrão ouro”, ou seja, a melhor opção conhecida atualmente pela área médica, consiste em introduzir um cateter, com um pequeno balão na ponta que, ao ser inflado, pressiona a extremidade onde se inicia o nervo. A compressão limita a circulação nervosa, o que imobiliza a região afetada pela desmielinização e cessa os sintomas. Essa técnica possui um efeito colateral, que é a diminuição da sensibilidade da face. No entanto, os benefícios obtidos com a interrupção dos quadros de dores intensas praticamente neutralizam a reação adversa”, ressalta o médico.

Não existe prevenção, ou cura, para a neuralgia do trigêmeo, mas o tratamento adequado proporciona excelentes resultados. “Um ponto importante a ser observado é a presença de casos semelhantes na família, que aumentam as chances de desenvolver o problema”, conclui Dr. Bernardo.

A clínica Ápice Medicina Integrada fica localizada na Rua Eulália da Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3229-0202 ou pelo site: www.apice.med.br.

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