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Região Metropolitana de Sorocaba pode ter quase 300 mil pessoas com perda auditiva devido ao uso excessivo de fones de ouvido

Pesquisa da Organização Mundial da Saúde estima que 1 em cada 7 pessoas no mundo sofre com o problema

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de divulgar um dado alarmante: cerca de 1,1 bilhão de pessoas, no mundo, podem ter perda de audição irreversível por conta da música alta nos fones de ouvido. Se considerarmos a população de cerca de 2 milhões de pessoas da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), a pesquisa estima que aproximadamente 285 mil pessoas (duas vezes a população de Itapetininga) podem estar perdendo a audição devido ao descuido com o volume dos fones.

Estudos anteriores já davam conta de que cerca de 360 milhões de pessoas possuem problemas de audição por causas diversas, no entanto, o novo dado abre um sinal de alerta sem precedentes: 1 pessoa em cada 7 no mundo está perdendo a audição simplesmente por não diminuir o volume dos fones.

Dra. Vanessa Gardini, fonoaudióloga da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba, faz o alerta. “Hoje em dia é muito comum utilizar fones de ouvido, principalmente aqueles modelos menores que são introduzidos no canal auditivo. O uso em si não causa problemas, se for utilizado com volume bem baixo e por pouco tempo. No entanto, o que a maioria das pessoas faz é exatamente o contrário: passar muitas horas com os fones no volume máximo, o que é extremamente prejudicial para a audição”.

Outro agravante é que, nas grandes cidades, como Sorocaba, mesmo sem fones de ouvido, as pessoas estão expostas a barulhos intensos. “O trânsito em uma avenida movimentada atinge cerca de 85 db, o que já é muito prejudicial, pois suportamos sons de até 70 db sem sofrer danos. Quem está no trânsito e usa fones está ainda mais exposto, pois para que seja possível ouvir a música é necessário aumentar o volume acima do ruído das ruas, ou seja, superar os 85 db com um som jogado diretamente nos ouvidos”, explica a fonoaudióloga da Pró-Ouvir.

A realidade constatada pela OMS já é percebida nos consultórios dos fonoaudiólogos. “Está sendo cada dia mais comum receber jovens que se queixam de dor de ouvido, zumbido ou até mesmo que não estão ouvindo bem. Quando vamos investigar as causas, na maioria dos casos ele está exposto a sons altos, como os dos fones de ouvido”, conta Dra. Vanessa.

Os primeiros sintomas aparecem quando ainda é possível reverter o problema. “Normalmente, antes de ocorrer a perda auditiva irreversível o corpo dá sinais: zumbido, sensação de ouvido entupido e dores podem compor a chamada ‘fadiga auditiva’, o primeiro sinal de que os ouvidos estão cansados e quase a ponto de nunca mais se recuperar”.

A fonoaudióloga ressalta que, nesses casos, também é importante procurar a ajuda de um profissional. “Normalmente os sintomas da fadiga auditiva desaparecem após alguns dias, no entanto, se a exposição a ruídos altos for algo comum, o quadro irá ocorrer mais vezes, até um momento em que os ouvidos não conseguirão mais se recuperar, provocando a perda auditiva irreversível”.

Com o diagnóstico de perda auditiva em mãos, é necessário procurar meios para contornar o problema. “Hoje em dia o uso de aparelhos auditivos consegue devolver a audição perdida. É possível recuperar desde perdas leves até as profundas, pois a tecnologia disponível hoje é capaz de adequar a compensação da audição em cada caso” revela Dra. Vanessa.

Mesmo com a possibilidade de reabilitação com o uso de aparelhos auditivos, a fonoaudióloga aconselha a cuidar muito bem da audição. “A audição é um bem precioso, que muitos não valorizam até sentir algum problema. Os aparelhos auditivos são ótimos aliados, mas o melhor mesmo é ser prudente e evitar estar exposto a ruídos altos, além de cuidar muito bem da saúde em geral, afinal, é sempre melhor prevenir do que remediar”, aconselha.

Dra. Vanessa Gardini ressalta que apenas eliminar o uso de fones de ouvido não é o suficiente para proteger a audição. “O ideal é estar atendo aos ruídos dos ambientes que frequentamos e procurar evitar a exposição quando estiverem muito elevados”.

Lembrando que qualquer som superior a 70db pode ser prejudicial à audição, Dra. Vanessa preparou uma lista com os principais ruídos a qual estamos expostos e o tempo seguro de exposição a cada um deles:

  1. Andar de carro no trânsito barulhento (85db): até 8h diárias;
  2. Operar cortador de grama ou aspirador de pó (90db): até 2h30 diárias.
  3. Caminhar por uma avenida movimentada (95db): até 50min diários.
  4. Andar de ônibus ou metrô (100db): até 15min diários.
  5. Ouvir música no fone de ouvido com volume máximo (105db): até 4min diários.
  6. Frequentar baladas ou shows (110db a 120 db). Não há limites seguros de exposição.

Fonte: Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos. Rua Dr. Arthur Gomes, 552, Centro, Sorocaba. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3231-6776 ou pelo site: www.proouvir.com.br.

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