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Aranha marrom: picada pode causar necroses e deixar sequelas graves

Socorro inclui antídoto e tratamento em câmara com oxigênio puro e pressurizada.

 

A aranha marrom é um dos animais mais venenosos da fauna brasileira. Presente na maioria dos estados do Brasil, o pequeno aracnídeo adentrou às cidades, encontrando ambientes adequados à sua sobrevivência. Assim, houve também aumento do número de acidentes envolvendo pessoas picadas. Dados do Ministério da Saúde dão conta de 70 mil casos de picadas de aranha marrom no Brasil, entre 2007 e 2015, sendo quase 3 mil no estado de São Paulo.

 

O risco da picada é grande, pois o local só vai doer entre 24 a 48 horas depois do ocorrido, como explica Dra. Daniela Flores, médica hiperbarista da clínica Oxicenter, de Sorocaba e Itu (SP), que costuma tratar das complicações de picadas de aranha marrom. “Como a picada não dói na hora, se a pessoa não percebe imediatamente, só vai sentir algum sintoma mais tarde, o que é perigoso, pois o veneno teve tempo de agir no organismo”, alerta.

 

Os sintomas da picada são variados. É comum haver febre, dor intensa no local, inchaço, bolhas e necroses na região afetada. Caso não haja tratamento rápido, nos casos mais graves, o paciente pode vir a óbito. “Os primeiros cuidados são o socorro imediato em um hospital, onde, dependendo da avaliação clínico-laboratorial, será feita a administração de antídoto, que irá neutralizar o veneno e deixar de agir no organismo. No entanto, ainda é necessário tratar as consequências, como as feridas e necroses no local da picada”, detalha a especialista.

 

No caso das necroses e feridas, é feito um tratamento que combina antibióticos e oxigenoterapia hiperbárica (OHB), uma técnica simples, que consiste em respirar oxigênio puro, concentrado a 100%, em uma câmara especial e pressurizada a 3 atm. “O ar que respiramos possui cerca de 20% de oxigênio, a 1 atm. Este ganho faz com que os antibióticos funcionem melhor, além de enriquecer o sangue em oxigênio, o  que trata as necroses e acelera a cicatrização do ferimento causado pelo veneno da aranha”, diz Dra. Daniela.

 

Quem sentiu na pele a gravidade da picada da aranha marrom foi a técnica em enfermagem Anaíde Paixão, 35 anos. “Não sei exatamente como foi que a aranha me picou, mas eu percebi uma bolinha amarela na perna, que, depois de um tempo, foi ficando avermelhada e escureceu. Percebi que tinha algo errado e que eu, provavelmente, tinha sido picada por algum inseto ou coisa do tipo”, lembra.

 

Após a consulta médica, a constatação: picada de aranha marrom. “Fiquei dias internada, tomando antibióticos na veia”, fala.

 

Mesmo com o tratamento, o local da picada necrosou e, por isto, Anaíde foi submetida a sessões de oxigenoterapia hiperbárica. “Fiz em torno de dez sessões, que já foram o suficiente para cicatrizar o ferimento. A melhora foi muito rápida, ainda que o susto grande! ”

 

Sem o tratamento com oxigenoterapia, o risco de o ferimento se agravar é grande. “Com a necrose, o corpo deixa de combater a infecção e é incapaz de curar o ferimento. Pode haver necessidade de cirurgia para remover o tecido morto, deixando grandes cicatrizes e até deformidades. Com o auxílio da Oxigenoterapia Hiperbárica, o sangue e os antibióticos conseguem vencer as necroses e atuar, rapidamente, no fechamento da lesão”, orienta Dra. Daniela.

 

As lesões necrotizantes, causadas pela picada da aranha, são semelhantes às que ocorrem por outras doenças ou acidentes. “Os ferimentos por picada de animais peçonhentos são tratados da mesma forma que os causados por diabetes, queimaduras ou choque elétrico, doenças infecciosas, como a Síndrome de Fournier, entre outros. Todos têm a característica de morte do tecido e de perda da irrigação sanguínea e consequente ineficiência da ação dos antibióticos. Com a oxigenoterapia hiperbárica, esses quadros podem ser revertidos”, esclarece a especialista da Oxicenter.

 

Prevenção

Uma forma de evitar picadas de aranha é manter ambientes residenciais sempre limpos e sem acúmulo de detritos, que possam servir de moradia para as aranhas, além de evitar frequentar matas e regiões com histórico de acidentes com este tipo de animal.

 

Caso seja picado por qualquer tipo de inseto, aranha ou demais animais peçonhentos, procure apoio médico, imediatamente. Quanto mais rápido o socorro, menores as chances de haver complicações mais sérias, como as necroses.

 

Terapia trata feridas profundas e infecções

A oxigenoterapia hiperbárica é amplamente utilizada para tratar infecções graves, na recuperação de cirurgias, na cicatrização de feridas profundas que não se fecham, evitando assim, muitas vezes, a amputação de membros, devido à necrose das áreas afetadas.

O tratamento consta, desde 2010, no rol de procedimentos cobertos obrigatoriamente pelos planos de saúde para diversas patologias, sendo, também, disponibilizado para pacientes do SUS, por meio de ações judiciais.

Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.oxicenter.com.br.

 

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