Quando o assunto da conversa em um grupo de amigos aborda a perda auditiva, é comum ouvir alguém comentar: “fiz um exame há algum tempo, na empresa onde trabalho, que acusou uma perda leve, mas, como não me atrapalha muito, não fui ainda em busca de tratamento” ou “meu zumbido tem ficado cada vez mais alto”.
Dra. Vanessa Gardini, fonoaudióloga da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), explica que atitudes, como essa, de ignorar a perda auditiva são, de longe, a reação mais prejudicial ao problema. “As perdas auditivas, mesmo leves, têm potencial para causar outras complicações, como: mal de Alzheimer, demências, zumbido, tonturas e maior risco de quedas por exemplo. As pessoas costumam ter o pensamento de que ‘se o problema piorar, procuro ajuda’, sendo que a própria negligência é uma maneira de agravar o quadro”, pontua.
Mas, se mesmo quando a perda auditiva aparentemente não incomoda, como saber se é preciso buscar tratamento e fazer o uso de aparelho auditivo? A especialista afirma que a indicação para a utilização do dispositivo é feita com base nos exames de diagnóstico. “A audiometria é fundamental para descobrir a intensidade e em quais frequências a perda ocorre. Com estas informações em mãos, o fonoaudiólogo consegue entender o que está acontecendo de errado com a audição”, explica a especialista.
Após a constatação da perda, é preciso identificar as causas do problema, para saber se serão necessários aparelhos. “Algumas perdas auditivas são temporárias, como as causadas durante infecções. Desta forma, com o tratamento do problema, a perda costuma ser revertida, dispensando a necessidade de usar os dispositivos amplificadores. Mas, quando a deficiência é irreversível, como as causadas pelo avanço da idade, exposição excessiva a ruídos elevados, acidentes e infecções tratadas inadequadamente, aí, sim, é indicada a reabilitação com aparelhos”, afirma Dra. Vanessa.
A fonoaudióloga enfatiza que a falta de cuidados com a audição é o principal fator que leva à necessidade de utilizar aparelhos auditivos. “Mesmo com todos os transtornos causados pela perda auditiva não tratada, não é muito comum que as pessoas busquem espontaneamente o fonoaudiólogo para exames preventivos. Por isso, é preciso se conscientizar e ficar atento aos sinais de possíveis alterações na audição”.
Conheça os possíveis sinais de problemas auditivos:
Fonte: Pró-Ouvir Aparelhos Auditivo (www.proouvir.com.br)
Se você se identificou com alguns desses sintomas, é recomendado que procure atendimento especializado. “Identificar precocemente e tratar a perda auditiva é sempre a melhor alternativa, afinal, não há nada mais importante que a saúde e qualidade de vida”, enfatiza a fonoaudióloga.
Também é importante não desconsiderar a recomendação do uso de aparelhos auditivos. “Os aparelhos auditivos atuais são pequenos dispositivos eletrônicos, discretos e praticamente imperceptíveis, que, após regulados individualmente, com base no resultado dos exames, são capazes de devolver a audição. Além disso, os aparelhos auditivos modernos possuem conectividade com smartphones e SmartTVs. Com estes recursos, é possível atender a chamadas telefônicas, ouvir música ou assistir a programas de TV com o som sendo enviado diretamente aos ouvidos”, conclui Dra. Vanessa.
O modelo e o preço do aparelho auditivo são determinados pelas necessidades do paciente e pelas funcionalidades agregadas. Atualmente, existem linhas de crédito especiais para aquisição pelo Banco do Brasil. Também já é possível utilizar os recursos do FGTS para adquirir os aparelhos auditivos.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3231-6776.
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