Pediatra especialista em Alergia e Imunologia fala sobre sintomas, contágio e formas de evitar a doença
Noites mal dormidas, nariz entupido, tosse, falta de ar, pouca vontade de comer e febre. Estes sintomas, comum a diversas doenças respiratórias virais, também podem ser sinal de bronquiolite. O problema acomete muitas crianças, fazendo as unidades de pronto atendimento ficarem ainda mais lotadas agora no inverno.
Dra. Luciana Ribeiro, médica pediatra especialista em Alergia e Imunologia da clínica Ápice Medicina Integrada comenta esta realidade da estação. “O frio mal chegou e observamos aumento considerável das infecções respiratórias, sejam elas de vias aéreas superiores, como gripes e resfriados, ou pulmonares, como a bronquiolite”.
A especialista afirma que os vírus causadores de bronquiolite entram no organismo principalmente através das vias respiratórias, mas também pela mucosa da boca. “Crianças que estão doentes transmitem a bronquiolite durante todo o período em que apresentam manifestações clínicas, por meio das gotículas eliminadas durante a fala, tosse e espirro, e também ao compartilhar brinquedos e tocar outros objetos contaminados, pois o vírus sobrevive durante muitas horas em superfícies de objetos” afirma.
A bronquiolite costuma acometer crianças menores, em geral com menos de 2 anos de vida e possui sintomas um pouco diferentes das demais doenças respiratórias. “As características principais da bronquiolite são: início com nariz obstruído, coriza clara, febre baixa ou até ausência de febre, que evolui com tosse seca e cansaço, piorando no decorrer dos dias”, detalha a médica.
Os sintomas atingem o pico de piora entre o terceiro e o quinto dia, levando a criança a respirar mais rápido e com esforço. “Normalmente nesta fase ocorre a retração (afundamento) da musculatura entre as costelas, durante a respiração, bem como a movimentação abdominal para ajudar na respiração e o repuxar da fúrcula (espaço logo abaixo do pescoço entre as duas clavículas). Todos estes sinais são de que a doença está piorando e indicam a necessidade da ida ao hospital com urgência, para tratamento com oxigênio inalatório”, alerta Dra. Luciana.
O tratamento, assim como na gripe ou resfriado, serve apenas para aliviar os sintomas, pois o próprio organismo é que se encarrega de se livrar do causador. “É importante fazer repouso e utilizar os soros para limpeza nasal, bem como inalação com soro fisiológico”, conta a especialista.
Por ser causada por mais de um tipo de vírus, é comum que a mesma criança tenha bronquiolite mais de uma vez durante os primeiros anos de vida. “Ainda não há vacinas para a prevenção da doença, assim para evitá-la devemos adotar os cuidados gerais para as infecções virais, como evitar aglomerações em ambientes fechados, lavar as mãos e higieniza-las com álcool gel várias vezes ao dia após o contato com as crianças doentes e higienizar objetos do ambiente expostos às secreções contaminadas da criança”, elenca a pediatra.
“Também é importante evitar idas ao pronto-socorro por causas não urgentes, pois a sala de espera nesta época do ano costuma estar lotada de crianças com infecções respiratórias. A criança que está com a doença nos estágios iniciais deve permanecer em casa, com boa hidratação e higiene nasal, devendo ser levada ao hospital apenas se apresentar sinais de gravidade. Na dúvida, sobre o que fazer, entre em contato com o médico pediatra de sua confiança”, conclui Dra. Luciana Ribeiro.
A Ápice Medicina Integrada fica localizada na Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba (SP). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3229-0202, pelo site: apice.med.br ou pelo Facebook: facebook.com/apicemedicinasorocaba.
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