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Desvio do septo nasal: quase 90% da população sofre com problema que pode levar a doenças respiratórias

  • Casos severos representam quase metade da incidência total e exigem cirurgia para correção; procedimento é o mais frequente realizado no setor de Otorrinolaringologia do BOS;

Nariz entupido, dor de cabeça, sangramentos constantes, dificuldades para respirar, ronco excessivo e má qualidade do sono. Estes sintomas são comuns a um problema de saúde que afeta quase 90%, da população brasileira, de acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CFF): o desvio do septo nasal.

Prof. Dr. Fábio Lorenzetti, médico e chefe da residência em Otorrinolaringologia do BOS, fala sobre esse problema recorrente. “O septo nasal é a estrutura que divide as duas narinas, formada por cartilagem e tecido ósseo, que deve ser simétrica, ou seja, igual dos dois lados. Quando há o desvio, o septo encontra-se torto, tornando uma narina mais fechada do que a outra ou, até mesmo, obstruindo as duas, quando o desvio é em forma de ‘s’, provocando os sintomas e transtornos típicos. Existem diversos tipos de desvio, desde os leves, até os mais graves. Os casos críticos representam cerca de 40% da incidência total. São estes que exigem intervenção cirúrgica”, explica.

As causas para o surgimento dessa alteração anatômica no nariz costumam ser variadas. “Diferentes situações contribuem para o desvio de septo, como causas adquiridas, traumáticas ou predisposição genética, como quando há características anatômicas no nariz que são comuns em algumas famílias e que favorecem o quadro. Também é comum ocorrer por conta de traumas, como: quedas, acidentes de trânsito, choques físicos ou até mesmo lesões durante o parto, que agridam as estruturas nasais do bebê”, pontua o médico.

O diagnóstico é feito por um médico, no entanto, um simples teste pode revelar indícios do problema. “Tampe uma das narinas e respire fundo, depois repita o processo com a outra narina. Caso note maior fluxo de ar e facilidade para respirar por uma das duas narinas, são grandes as chances de existir o desvio do septo nasal”, indica Dr. Fábio, que completa. “O sintoma mais comum é a obstrução nasal unilateral, ou seja, em apenas uma narina. Também pode ocorrer entupimento bilateral, e condições associadas ao desvio, como a inflamação constante do nariz, a famosa rinite, dores de garganta e sinusite recorrente. Estes desconfortos ocorrem, pois qualquer condição que provoque o inchaço do nariz contribui para a interrupção do fluxo de ar”.

O tratamento depende da gravidade do problema. “O médico otorrinolaringologista irá identificar o nível de comprometimento provocado pelo desvio de septo e orientar o tratamento. A solução definitiva para o problema é a cirurgia de correção do desvio de septo, um dos procedimentos mais realizados pelo setor de Otorrinolaringologia do hospital do BOS. “Somente neste ano, já fizemos mais de 80 cirurgias do tipo, o que representa a principal demanda da Otorrinolaringologia no BOS. É uma cirurgia relativamente simples, feita com o apoio do rinoscópio, um equipamento de vídeo que orienta o cirurgião durante o procedimento, que fica menos invasivo e com resultado ainda mais efetivo. O tempo cirúrgico médio é de 1 a 2 horas. A intervenção exige que o paciente esteja sedado, no entanto, a recuperação é rápida. Caso seja feita pela manhã, ao final da tarde pode ocorrer a alta hospitalar”, ilustra o otorrinolaringologista, que completa. “Nem todos os casos exigem intervenção cirúrgica, que depende da condição e gravidade do problema e as consequências na vida da pessoa”.

Em paralelo, é feito o tratamento clínico das condições associadas (sinusites, inflamações, etc), que pode incluir, desde medicamentos descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e antialérgicos”, detalha o especialista.

O pós-operatório, no entanto, leva mais tempo, exigindo uma série de cuidados. “Assim como em qualquer cirurgia, necessita de atenção pare evitar pancadas no nariz, exposição ao sol, atividades físicas intensas ou calor excessivo na região. Quando for espirrar, é preciso tentar ao máximo aliviar a pressão pela boca, para evitar lesões internas no nariz e seguir as demais recomendações médicas à risca, a fim de acelerar a recuperação e evitar complicações”, indica Dr. Fábio.

A prevenção ao desvio de septo só é possível na forma traumática do problema. “Evitar pancadas e choques físicos no nariz diminui as chances de desenvolver o problema em sua forma traumática. Embora acidentes sejam imprevisíveis, é possível aumentar os cuidados e ficar mais atento aos sintomas, para não precisar conviver muito tempo com um incômodo que tem solução”, conclui o médico.

Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

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