Substâncias nocivas incluem tintas, gasolina e defensivos agrícolas; uso de EPI’s pode evitar o problema
Quando se fala nos riscos à audição e nos fatores que provocam a perda auditiva, imediatamente a maioria das pessoas lembra dos barulhos e ruídos elevados, como: fones de ouvidos, máquinas barulhentas e trânsito das grandes cidades, mas você sabia que a exposição a diversos produtos químicos também é extremamente nociva para a audição?
É o que revelou um estudo divulgado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. A pesquisa conta que trabalhadores expostos a solventes, como o tolueno, benzeno e estireno, presentes em tintas, combustíveis, colas e diluentes químicos, têm mais chances de desenvolver perda auditiva.
Dra. Vanessa Gardini, fonoaudióloga da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba, SP, explica por que isto ocorre. “Diversas substâncias químicas possuem efeitos ototóxicos, ou seja, intoxicam os ouvidos, provocando consequências a longo prazo, como a perda de audição. Não só os solventes, como alguns tipos de medicamentos, que vão desde os utilizados no combate ao câncer até antibióticos ou alguns tipos de remédios para dor de cabeça, também causam este efeito”, explica. “No caso dos medicamentos, o risco é menor, pois os remédios são controlados e a exposição às substâncias pode ser controlada. O grande problema é quando a exposição é desmedida”, afirma.
A exposição descontrolada a produtos ototóxicos é comum no caso de frentistas de postos de combustíveis, operários de indústrias químicas e trabalhadores rurais que fazem aplicação de agrotóxicos. Um artigo, divulgado pela divisão de segurança industrial da Honeywell Safety Products reforça o potencial nocivo dos produtos químicos, que associados à exposição a ruídos elevados, multiplicam os riscos à audição.
Dra. Vanessa afirma que estes produtos destroem as células dos ouvidos. “A ototoxidade nada mais é que os danos causados às células ciliadas, que são estruturas do ouvido interno responsáveis pela audição e pelo equilíbrio. Dependendo da quantidade e tempo de exposição, os danos à audição podem ser irreversíveis”, alerta.
A constatação reforça a necessidade da utilização de equipamentos de proteção individual, os EPI, sejam protetores auriculares, ou luvas e máscaras adequadas a filtrar os vapores químicos nocivos e evitar o contato com os produtos tóxicos.
Dra. Vanessa conta que esta é uma preocupação que todos precisam ter. “A audição é uma das funções mais importantes do corpo, e precisa ser preservada. Tanto as empresas quanto os funcionários devem ter a consciência de fornecer e utilizar os EPI, que são obrigatórios por lei”, afirma.
Caso a perda auditiva devido à exposição a produtos químicos já esteja estabelecida de forma irreversível, é preciso tratar o problema. “Sempre digo que a prevenção é a melhor maneira de evitar a perda de audição, mas, se ela já for permanente, buscamos fazer uso de aparelhos auditivos, que corrigem a perda, devolvendo a audição ao usuário”, conta.
Existem diversos modelos de aparelhos auditivos no mercado, mas só fonoaudiólogo é o profissional capacitado a indicar o melhor modelo. “Levamos em conta os hábitos e estilo de vida e o grau de perda auditiva, que é definido pelos exames de audiometria e impedanciometria. Com base nestas informações, podemos indicar o aparelho que melhor atende às suas condições”, completa a fonoaudióloga.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3231-6776 ou pelo site: www.proouvir.com.br .
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