A hipertensão é um mal que, se não tratado adequadamente, pode levar à morte. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) contabiliza que, a cada dois minutos, um brasileiro vai a óbito por conta de complicações decorrentes da doença. Em um ano, o número chega a 300 mil mortes, somente no país.
Segundo ainda a SBH, 30% dos brasileiros sofrem com pressão alta, índice que pode chegar a 50% entre os idosos. Este número, projetado para Sorocaba, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica mais de 195 mil pessoas com a doença na cidade.
A hipertensão arterial, acontece quando o sangue bombeado pelo coração percorre com maior pressão nos vasos do corpo humano. Isto danifica as camadas internas das veias, que são finas e delicadas. Com isso, os vasos tornam-se endurecidos e estreitos, podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Esse quadro clínico, de acordo com a SBH, é responsável por 40% dos infartos no Brasil, assim como 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal. Além disso, a hipertensão também pode causar insuficiência cardíaca, lesões que afetam o cérebro e cegueira.
Dr. Luiz Antonio Della Rosa Castanho, médico cardiologista do Hospital Evangélico de Sorocaba, acredita que o alto índice de mortalidade decorrente da pressão alta ainda seja por falta de conscientização sobre as medidas preventivas. “A hipertensão é uma doença ‘silenciosa’. Quando grave, prolongada e não tratada, apresenta sintomas, como: dor de cabeça, falta de ar, dispneia, náuseas, agitação, visão borrada. Assim, a pessoa só tomará consciência da gravidade quando o problema estiver em estado do alerta”, expõe o especialista.
Ele destaca que a hipertensão pode ser herdada geneticamente, mas um dos grandes fatores de risco - e que faz aumentar o número de diagnósticos - é o sedentarismo. “A falta de exercício físico traz uma série de fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença, como: má alimentação e estresse, que tem como consequência o sobrepeso. O consumo de álcool, cigarro e sal em excesso também podem ocasionar o surgimento e o agravamento da doença”, explica.
Apesar de não ter cura, a hipertensão pode ser tratada de diversas formas, conforme explica o cardiologista do Hospital Evangélico de Sorocaba. “Uma das principais recomendações é a mudança no estilo de vida, com a prática regular de exercício físico, controle de peso, alimentação saudável, além da diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e do cigarro. Conforme a situação, não indicamos o tratamento por meio de medicamentos, apenas para quem já está com a saúde debilitada e apresente pressão arterial acima de 180/110. Mas, é importante ressaltar que a prevenção é essencial para o controle, o que poderá reduzir as intervenções médicas e, ainda, evitar custos com medicamentos”, conclui.
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