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Medicina Personalizada alcança resultados positivos contra cânceres graves e incuráveis

Técnica consiste em adaptar os tratamentos conforme dados obtidos nas células doentes, estabelecendo alvos para a aplicação de medicações específicas, informa diretor científico do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).

O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). De cada seis óbitos em nível global, um está relacionado à doença. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima a incidência de mais de 625 mil novos casos em 2020. Contudo, no mês em que se lembra o Dia Mundial de Combate ao Câncer (8 de abril), as notícias para os pacientes oncológicos são cada vez mais positivas.

Tratamentos modernos, com drogas-alvo mais eficientes, aumentaram consideravelmente as chances de cura do câncer. A chamada Medicina Personalizada, em estudo há mais de dez anos, está entre os avanços mais promissores no setor, especialmente com resultados positivos contra cânceres graves e incuráveis.

Após o diagnóstico, o tratamento adequado deve ser iniciado o mais rapidamente possível para garantir as altas taxas de controle e cura da doença. Por meio dessa área, é possível conhecer minuciosamente as características moleculares de cada célula doente, explica Dr. Gilson Delgado, médico oncologista clínico e diretor científico do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS). “Conhecendo melhor os aspectos mais particulares das moléculas, do DNA e do RNA de cada célula neoplásica e células normais, consegue-se desenvolver técnicas para a Medicina Personalizada”, afirma.

Apesar dos mais de 200 tipos de cânceres comprometerem de modo muito semelhante o organismo, foram descobertos diferentes comportamentos entre cada um deles. Assim, o tratamento também é diferente para cada situação e pessoa. Com o auxílio de técnicas mais recentes, é possível determinar moléculas que podem servir de alvos para novas medicações e, a partir desta constatação, estabelecer os tratamentos mais bem dirigidos. “A Medicina Personalizada consiste exatamente nisso: personalizar o tratamento baseado nas características daquela determinada doença”, esclarece Dr. Gilson.

Essas terapias têm se mostrado eficientes no tratamento do câncer de mama, por exemplo, o mais comum entre as mulheres. Entre 15% e 20% desse mal expressam uma proteína chamada HER-2, responsável pela proliferação das células doentes. Com essa descoberta, foi buscado um anticorpo capaz de atingir e inibir essa proteína. “Com o anticorpo específico contra o HER-2, foi possível reduzir o índice de proliferação dessas células, pois ele inibe a produção dessa proteína”, detalha o especialista.

A eficácia também é comprovada quanto ao tratamento de melanomas malignos (câncer de pele). Entre 70% e 80% dos casos da doença são curáveis apenas com cirurgias. Porém, nos 30% restantes, o mal tende a evoluir de forma agressiva, podendo ocasionar a morte do paciente em pouco tempo. Nessas situações em que os tratamentos tradicionais não foram totalmente eficientes, a imunoterapia oncológica foi capaz de garantir maior tempo de sobrevida e elevar as possibilidades curativas, agindo em proteínas que impedem que o próprio organismo combata a doença.

Além disso, a utilização dessa classe de medicamentos que agem em alvos específicos tornou-se benéfica para cânceres incuráveis. Um bom exemplo é o da leucemia mielóide crônica. Até há cerca de duas décadas, a doença era incurável e letal em pouco tempo, mas, com a descoberta de um alvo-molecular e uma medicação especifica, o imatinibe, conseguiram-se grandes tempos de vida normal, embora não alcançada a cura. “Transformou-se, assim, uma doença grave, de evolução rápida, em crônica, que pode ser controlada por muito tempo, permitindo a retomada da vida normal aos pacientes”, pontua o diretor científico do IOS.

Mesmo com todos os benefícios, as terapias não substituem os tratamentos convencionais. As cirurgias, a quimioterapia e a radioterapia são igualmente imprescindíveis no tratamento oncológico. Esses procedimentos, bastante evoluídos no Brasil e no mundo, garantem percentual de cura de 70% a todos os tipos da doença e, em alguns casos, pode chegar a 100%, afirma o médico especialista. A imunoterapia, os medicamentos alvo-dirigidos e outros similares são inovações muito bem-vindas e promissoras, destaca Dr. Gilson. Possuem bons resultados quanto à cura e qualidade de vida, especialmente nos casos em que apenas os tratamentos convencionais não foram eficientes, a exemplo cânceres de rim, tumores no pulmão e os demais já mencionados. “Quando não se consegue a cura, transforma-se a doença do paciente em crônica”, enfatiza.

Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.oncologiasorocaba.com.br. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

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