Uma nova técnica cirúrgica disponível no Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes com glaucoma. A tecnologia, chamada iStent inject, da fabricante Glaukos, permite o controle da pressão intraocular, que, quando muito elevada, pode danificar o nervo ótico e levar à cegueira irreversível.
Dra. Lycia Pedral Sampaio, médica oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS), explica que quem sofre com glaucoma possui obstruções nos poros de drenagem do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. “Para corrigir o problema, são utilizados colírios de uso constante, que devem ser pingados várias vezes ao dia, durante toda a vida. O grande problema é que, muitas pessoas, sobretudo as mais idosas, esquecem ou não seguem os horários estipulados. Isso leva o olho a sofrer com picos de pressão, que ora está controlada, ora sem controle. Esses picos danificam o nervo ótico e podem levar à cegueira”, adverte.
O novo dispositivo atua como um dreno auxiliar ao mecanismo do próprio organismo, reestabelecendo a drenagem fisiológica natural, o que ajuda a manter a pressão intraocular adequada. “O iStent inject é o menor dispositivo médico conhecido para implante em seres humanos, construído em titânio. Ele atua escoando o excesso de humor aquoso de maneira semelhante a um ralo. Com isso, diminui-se ou, até mesmo, elimina-se a necessidade de utilizar colírios. Outra vantagem é que a pressão intraocular fica constantemente regulada, o que reduz muito o risco de dano ao nervo ótico e a consequente cegueira”, afirma a médica especialista.
O iStent inject foi aprovado recentemente no Brasil pela Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) e está indicado para a redução da pressão intraocular em pacientes adultos com glaucoma primário de ângulo aberto leve e moderado e que estejam sob tratamento com medicações hipotensoras oculares (colírios para tratamento de glaucoma). O procedimento para implantação do dispositivo é extremamente seguro, podendo, inclusive, ser combinado com outras cirurgias. “Em alguns casos, fazemos simultaneamente a cirurgia de catarata e o implante do dreno intraocular. Por ser uma cirurgia minimamente invasiva, há riscos reduzidos e muitos ganhos para o paciente”, aponta a oftalmologista.
Dra. Lycia explica que os médicos oftalmologistas precisam ser certificados para poder implantar o dreno, o que é possível após intenso treinamento. “A capacitação é fundamental para que se entenda mais sobre a tecnologia e saiba usá-la, ao máximo, a favor do paciente, com ganhos efetivos e riscos diminuídos”, pontua.
Da mesma forma, a necessidade do implante do dreno intraocular deve ser sempre avaliada por um médico oftalmologista capacitado e treinado. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.
Fonte: QNotícia
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