· Orientação vale, inclusive, para os casos de Coronavírus (COVID-19), salienta Dr. Luis Moretti, clínico geral e gerente médico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).
O Pronto Atendimento (PA) é a área hospitalar responsável por prestar assistência inicial aos casos de urgências e emergências médicas. Os PAs são direcionados ao atendimento de agravos ou complicações à saúde que precisam de atendimento médico imediato ou em poucas horas. Os médicos atuantes nos prontos atendimentos focam todo o seu trabalho nos casos com potencial risco à saúde e naqueles considerados graves, com risco de morte.
Diante da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), essa lógica não muda. Preferencialmente, apenas pessoas com sintomas mais severos e incômodos devem buscar auxílio médico nesse setor, enfatiza Dr. Luis Gustavo Bassi Moretti, clínico geral e gerente médico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).
As urgências, por definição, são agravos à saúde, com ou sem risco de morte, mas que demandam atendimento médico ágil. Já, as emergências caracterizam-se porproblemas sérios, com potencial chance de óbito e necessidade de tratamento e intervenção médica imediata, detalha o gerente médico do HES. Alguns exemplos de urgências são as cólicas renais, crises de asma sem insuficiência respiratória, torções, pequenos cortes e ferimentos. Emergências abrangem infartos, AVCs, vítimas de acidentes graves, pneumonias com sinais de insuficiência respiratória, dentre outros.
No serviço de urgência e emergência, o paciente recebe assistência médica de acordo com a sua necessidade ou gravidade. Primeiramente, o médico identifica a queixa principal do paciente e, a partir dela, elabora uma hipótese diagnóstica. Quando necessário, solicita exames complementares e realiza prescrições de medicações para controle dos sintomas e/ou tratamento. Dependendo do quadro de saúde, o paciente pode ser orientado a continuar o tratamento em casa ou pode ser internado, seja em enfermaria, apartamento ou, mesmo, encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Alguns casos podem ser instruídos a procurar atendimento ambulatorial, para atendimento médico especializado eletivo.
Dr. Luis Moretti, clínico geral e gerente médico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).
“Qualquer PA funciona como porta de entrada do hospital e, como se trata de uma porta aberta, não é possível ter total controle da demanda. Sendo assim, é muito importante adotar um método que permita identificar e priorizar o atendimento dos casos severos. A triagem, como é conhecida, serve para identificar aqueles com maior risco e dar prioridade a estes atendimentos”, esclarece Dr. Luis Gustavo.
O gerenciamento das filas de atendimento é realizado automaticamente pelo sistema de prontuário eletrônico, que está parametrizado com um método de classificação de risco. No Hospital Evangélico de Sorocaba, utiliza-se o reconhecido Sistema Manchester de Classificação de Risco.
Assim que o paciente chega ao hospital, retira uma senha e, logo em seguida, é chamado e um enfermeiro capacitado realiza uma breve entrevista com o paciente, questionando-o sobre queixas e sintomas. Em algumas circunstâncias, também é necessária a verificação de alguns sinais vitais. O profissional, então, transfere todas as informações obtidas para o sistema, que indica a gravidade do estado da pessoa e o seu nível prioritário. A metodologia Manchester estabelece cinco principais prioridades: cor vermelha/emergência – o paciente deve ser imediatamente atendido; laranja/muito urgente – o tempo para o atendimento após classificação é preconizado em até 15 minutos; amarelo/urgente – auxílio deve ser prestado em até 60 minutos; verde/pouco urgente – o tempo de espera não deve exceder 120 minutos (2 horas) e azul/não urgente – o caso pode aguardar até 240 minutos (4 horas). O sistema possui, ainda, uma sexta classificação, chamada de situação incompatível, caracterizada pela cor branca, representando a menor prioridade dentro da metodologia.
Alguns exemplos de situações incompatíveis são trocas de receitas de medicamentos, pedidos de realização de exames de rotina, solicitações de atestados médicos para atividade física ou piscina, etc. Nestas situações, o paciente deve procurar atendimento ambulatorial específico, pois, dessa forma, receberá atenção especializada e pormenorizada. Além disso, quadros não urgentes podem “sobrecarregar os sistemas de saúde e comprometer o atendimento dos casos urgentes ou de emergência”, pontua o gerente médico do HES. Contudo, todos os casos que procuram o pronto atendimento são atendidos, porém, os quadros mais graves serão sempre priorizados.
Todas essas regras também valem para as suspeitas de Coronavírus. O responsável do HES, em consonância com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), recomenda que apenas os pacientes com sintomas mais acentuados da doença procurem o Pronto Atendimento. Pessoas com febre, coriza, congestão nasal, tosse e, principalmente, falta de ar devem buscar atendimento imediato. “Se o paciente estiver com a frequência respiratória aumentada, dificuldade para respirar, angústia ou desconforto respiratório, ele deve ir ao Pronto Atendimento obrigatoriamente”, aconselha o clínico geral.
No caso de sinais moderados, como febre baixa, tosse e mal-estar, a recomendação é buscar orientação com médico que já acompanha. Na falta deste, o PA pode ser utilizado. Ainda em situações leves e com sinais brandos, parecidos com os da gripe comum, a pessoa deve permanecer em casa, em isolamento domiciliar. É muito importante que o paciente compreenda o que é o isolamento domiciliar e quais são as principais recomendações: não compartilhar alimentos, copos, talheres, toalhas e objetos de uso pessoal; evitar tocar olhos, nariz ou boca; lavar as mãos várias vezes ao dia e usar álcool em gel; não receber visitas; ficar em quarto separado quando possível e usar máscara toda vez que sair do quarto e sempre que o item de proteção estiver molhado. Além disso, é importante ingerir bastante líquido, alimentar-se bem, repousar e, sobretudo, seguir as medidas preventivas e amplamente divulgadas pelo Ministério da Saúde. Indica-se, também, o uso de analgésicos e antitérmicos (dipirona e paracetamol), para alívio das dores e da febre. Ibuprofeno e corticoides devem ser evitados, exceto se prescritos por um médico. “Os sintomas tendem a melhorar sozinhos, na maioria dos casos, como os de uma gripe comum”, informa.
Um tema que tem causado muita controvérsia é o isolamento ou quarentena, porém, para pacientes sintomáticos e seus familiares não só é essencial, como é obrigatório, uma vez que, ao circularem pelas ruas, podem espalhar a doença. “Essas medidas tentam impedir a rápida disseminação do vírus entre a população, possibilitando que os casos infectados se diluam em um espaço de tempo maior, dando fôlego para o sistema de saúde absorver os casos que evoluam com gravidade”, destaca o médico. “Nossa preocupação é que os casos graves se acumulem em um curto espaço de tempo e o sistema de saúde não consiga responder com eficiência e entrar em colapso, seja ele privado ou público. No entanto, aqui, no Hospital Evangélico de Sorocaba, já estamos preparados para um cenário com múltiplos casos”.
O Pronto Atendimento do Hospital Evangélico de Sorocaba está igualmente preparado para atender, identificar e tratar os casos de Coronavírus. Assim que chega ao hospital, a pessoa sintomática prontamente recebe uma máscara e é encaminhada para atendimento médico. Se identificado como caso suspeito, o paciente pode receber alta ou ser internado, conforme gravidade, sinais de alarme e/ou risco de má evolução. Mesmo em meio à pandemia, todos os outros tipos de urgências e emergências seguem sendo atendidos pelo PA, que funciona 24 horas por dia, com a presença de um médico emergencista, responsável pelos quadros severos e outros especialistas, para as demais situações. Além disso, equipes de retaguarda de diversas áreas, a exemplo de Cardiologia, Urologia, Nefrologia, Cirurgia Geral, Hemodinâmica e Fisioterapia, estão sempre à disposição.
Mais informações podem ser obtidas pelo site . O Pronto Atendimento do Hospital Evangélico de Sorocaba está localizado na Rua Imperatriz Leopoldina, nº 136.
Resultados e aplicações: entenda o que muda em cada método. Nos últimos anos, muito se ouviu sobre a...
Leia MaisSegundo a OMS, 2,5 bilhões de pessoas sofrerão com algum grau de perda auditiva até 2050. A perda auditiva é uma...
Leia MaisChamada de otite de verão, infecção no ouvido pode causar incômodos e também pode acontecer em contato com piscinas...
Leia Mais