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Referência nacional: Banco de Olhos de Sorocaba enfrenta dificuldade no atendimento a pacientes do Rio de Janeiro pelo SUS

Somente em 2023, Instituição recebeu mais de 19 mil pessoas de todo o país, sendo acima de 6 mil pacientes do Rio de Janeiro; Hospital agora busca recursos federais para ampliar serviços na rede pública carioca.

 

O Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) se consolidou como o maior serviço de transplante de córnea do Brasil em 2023. O Hospital Oftalmológico bateu recorde de doação no ano passado e registrou 15.206 córneas coletas, um aumento de 6% em comparação ao ano de 2022. 

 

Os números abrangem pacientes de todo país, principalmente do Rio de Janeiro, onde a demanda é alta por este tipo de atendimento. Atualmente, o BOS conta com parcerias federais e estaduais para atender pessoas que necessitam de algum procedimento oftalmológico mais complexo, é o que explica o superintendente da entidade, Edil Vidal.

 

“Atualmente, recebemos um recurso do Ministério da Saúde que financia os transplantes de córnea para o atendimento de qualquer paciente que procura o nosso serviço. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, foi um dos que mais enviou pacientes para os serviços”, esclarece. 

 

Além dos transplantes de córnea, o BOS recebe pacientes que precisam fazer algum tipo de tratamento oftalmológico especializado. Apenas em 2023, foram mais de 19 mil pessoas de todos os cantos do país atendidas no Hospital Oftalmológico, em Sorocaba, no interior de São Paulo. Os estados de Minas Gerais, com 7127 pacientes, e do Rio de Janeiro, com 6992 pacientes, foram os mais privilegiados com os procedimentos da instituição. 

 

“Atendemos um considerável número de pacientes cujas necessidades terapêuticas relacionam-se à córnea, não se limitando, necessariamente, ao transplante. Entre essas intervenções destaca-se a prescrição de lentes de contato especializadas para casos de ceratocone e de anel intracorneano”, complementa Edil.

No momento, esses tipos de procedimento não contam com a assistência do Governo Federal. Isso implica que pacientes que precisam de qualquer um desses tratamentos e dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) encontram-se desprovidos de suporte, a menos que residam no estado de São Paulo.

“Nos últimos anos, aumentou a procura de pacientes do Rio de Janeiro com problemas de retina, que é a principal patologia que causa cegueira no Brasil. Infelizmente, não conseguimos atender a alta demanda pela falta de recurso”, comenta Edil.

O superintendente também revela que o BOS recebeu emendas parlamentares do Rio de Janeiro no ano passado, mas foram insuficientes para atender toda a demanda de pacientes. 

Seguindo nos esforços para capitação de recursos, o hospital planeja um projeto que visa acelerar os atendimentos aos pacientes do Rio de Janeiro, inspirando-se em um modelo já em operação em Rondônia. Esse projeto envolve a ativação de médicos locais para lidar com casos menos graves, proporcionando uma solução eficaz para a carência desses recursos.

 “Com esse projeto, os atendimentos aos pacientes do Rio seriam mais rápidos. Este modelo já se encontra em operação em Rondônia, onde alguns médicos realizam procedimentos, sendo apenas os casos mais complexos encaminhados para Sorocaba”, completa o superintendente.

Recordes em transplantes via SUS

O hospital realizou cerca de 2.500 transplantes no ano passado, sendo 70% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os números, porém, não são a realidade do Brasil. Por conta da pandemia, as filas de espera aumentaram para cerca de um ano de espera por um procedimento. 

 

Diferente do restante do país, o BOS conseguiu diminuir significativamente a fila por transplantes de córnea, contando com cerca de 3 a 5 meses de espera.

A grande razão para a recuperação surpreendente é o investimento em telemedicina e o incansável trabalho da equipe de planejamento para conseguir atender a uma demanda reprimida por conta da pandemia. 

“Tudo indica que, em 2024, vamos ultrapassar as 15 mil doações. Com isso, as pessoas vão ser beneficiadas com menos tempo de espera por um transplante. Somos a maior referência do estado de São Paulo e atendemos pacientes do país todo”, enfatiza o superintendente. 

Quem ama doa

O Banco de Olhos de Sorocaba promove a campanha “Quem ama doa”, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de ser doador de córnea. A conscientização tem ajudado a zerar a fila de transplantes, que já chegou a ter uma estimativa de cinco anos de espera. 

O Banco de Olhos de Sorocaba fica localizado na Praça Nabek Shiroma, n.º 210, no Jardim Emília, em Sorocaba (SP). Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000.

 

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