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Renegociação do passivo bancário pode ser alternativa às empresas brasileiras em 2017

As empresas brasileiras devem ficar, ligeiramente, menos inadimplentes em 2017. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indica uma desaceleração do nível de endividamento, já que, na comparação entre novembro de 2016 e 2015, o índice alcançou 6,80%, 1,53% a menos que a variação em outubro, período que contabilizou uma taxa de 7,27%. A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) também projeta, no estudo sobre macroeconômicas e expectativas de mercado, divulgado em dezembro, um recuo de 0,3% neste ano, de 5,9% para 5,6%, na carteira de crédito livre. 

Para o diretor da AXS Consultoria Empresarial, Walber Almeida Xavier de Sousa, especialista em renegociação de grandes dívidas, esses números projetam a tendência de as empresas adotarem medidas necessárias de ajuste econômico-financeiro, como a avaliação da situação do negócio, renegociação dos débitos bancários, redução dos custos e planejamento rigoroso para o futuro. “A queda na inadimplência é um fator positivo no atual cenário econômico, pois traz uma maior confiança ao mercado, dá a oportunidade de as organizações acertarem seus dividendos, o que também poderá ser refletido na oferta de crédito aos empresários”, comenta o consultor.

O SPC Brasil afirma que o comércio apresenta a maior porcentagem de dívidas relacionadas às pessoas jurídicas, com 11,34%. O setor industrial ocupa a segunda colocação do ranking, já que alcançou índice de 7,38%, à frente do segmento de serviços, que mantém uma taxa de inadimplência de 5,57%. Walber acredita que, atualmente, o endividamento atinge empresas de todos os portes, mas as pequenas são as que mais sofrem, já que possuem maior dificuldade de acesso ao crédito.

“O cenário atual, de crise política e econômica, é o grande causador da falta de capacidade de liquidação dos passivos bancários. A redução no consumo, a inadimplência, o aumento do custo financeiro, entre outros fatores culminam com a escassez de capital de giro, que, por consequência, acarreta no endividamento bancário e na inadimplência das empresas”.

Apesar do demonstrativo de que as pessoas jurídicas brasileiras estão colocando suas contas em dia, o setor bancário não tem aberto novas linhas de créditos, o que resultou na retenção por parte dos bancos de quase R$ 1 trilhão de recursos na economia, tornando ainda mais difícil para as organizações conseguirem contratar novos aportes financeiros.  “À medida que as companhias foram liquidando seus financiamentos e dívidas, os limites automaticamente foram sendo reduzidos. Ao mesmo tempo, quando as novas linhas de créditos eram disponibilizadas, foram vinculadas a garantias reais (imóveis, veículos ou máquinas), o que dificultou a concretização de novas operações”, esclarece Walber.

As grandes também sofrem

As grandes empresas no Brasil também estão sendo enforcadas pela crise econômica, já que não conseguem diminuir suas dívidas. De acordo com a consultoria alemã Roland Berger, das 133 maiores companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, quase metade soma dividendos que chegam a R$ 420 bilhões. O levantamento ainda mostra que a maioria dessas empresas adotou estratégias de renegociação de dívidas bancárias, como a extensão do prazo para pagamento e a redução do valor das parcelas. Especialista no assunto, Walber comenta que é preciso ter cautela e saber como proceder os acertos com os bancos, de forma a não colocar a empresa em uma “ciranda de taxas e juros”.

“As grandes organizações, por possuírem uma estrutura financeira mais complexa e organizada, costumam conseguir driblar o problema, porém, em muitos casos, estando seus sócios e dirigentes mergulhados no problema, não enxergam, ou não sabem os caminhos que conduzem à saída e se tornam reféns das instituições financeiras”.

O consultor diz que a renegociação de grandes dívidas não costuma ser um processo simples e rápido, pelo contrário, exige “pés no chão” e paciência. O passo a passo começa pela análise da situação econômico-financeira e do fluxo de caixa da empresa, para, só então, identificar sua capacidade de pagamento aos credores.

A partir disto, é possível saber quais são os valores e as taxas a serem renegociadas com os bancos. “A contratação de uma consultoria especializada traz, muitas vezes, o controle emocional necessário nesse momento, pois se trata da visão de alguém que está de fora e soma experiência na área”, destaca.

 

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