Técnica cirúrgica de desbridamento atua de forma efetiva, eliminando os tecidos danificados do ferimento e permitindo a cicatrização.
Existem diversos tipos de ferimentos que podem levar ao surgimento das úlceras de pele, popularmente chamadas de “feridas”. Algumas costumam ser mais graves, como as causadas por problemas arteriais, venosos, infecções, diabetes e por pressão, essas últimas podem aparecer nas regiões dos cotovelos, nádegas e calcanhares de pessoas debilitadas, que passam muito tempo acamadas, especialmente naquelas onde a sensibilidade de pele está alterada.
O que torna todas essas lesões potencialmente graves é uma característica em comum: eles dificilmente cicatrizam sem intervenção médica especializada, conforme explica Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos da clínica Ápice Medicina Integrada, de Sorocaba (SP). “A condição de ter uma ferida aberta é séria, se considerado o fato de que muitas pessoas negligenciam os cuidados necessários, achando que vai ‘sarar sozinha’ e não vão ao médico até perceberem que o ferimento piorou muito”, afirma Dra. Matilde.
Outro agravante desse tipo de ferida é que ela surge, normalmente, por conta de uma deficiência circulatória no local, ou seja, o sangue não chega em quantidade suficiente para manter o tecido saudável, ocorrendo a morte celular e a consequente ulceração. “As úlceras venosas surgem mais frequentemente nas pernas, principalmente na região do tornozelo, como complicações das varizes, o que leva ao acúmulo de sangue e rompimento das veias, podendo causar inchaço e escurecimento na pele, assim as feridas que doem e não cicatrizam. Essa característica impede que as células trabalhem para reconstruir o local prejudicado e também dificulta a atuação do organismo contra infecções bacterianas. A presença de úlceras venosas, embora não seja fatal, pode gerar grande desconforto e, até mesmo, provocar incapacidades, afetando a qualidade de vida da pessoa”, alerta a médica fisiatra.
Uma das maneiras de atuar a favor da cicatrização desses ferimentos, ou úlceras, é com a técnica de desbridamento, que consiste na remoção do tecido não viável e limpeza do local, de forma a combater a infecção e promover a regeneração da pele. “É um procedimento cirúrgico ambulatorial, que só pode ser feito por médico especialista. Essas partes não viáveis precisam ser removidas, pois interferem no processo normal de cura das feridas, prolongando a fase inflamatória, inibindo a fagocitose (combate à infecção) e potencializado o crescimento bacteriano. Com a remoção da parte necrosada, é possível fazer curativos tópicos e auxiliar na cicatrização. É um processo comum aos médicos fisiatras, que atuam diretamente com pacientes acamados e têm experiência em tratar das sequelas e complicações de saúde das pessoas com dificuldade de locomoção”, diz Dra. Matilde.
Mesmo com possibilidade de melhora, as úlceras de pele são lesões complexas e de tratamento difícil, devido à sua natureza. “A melhor forma de combater o problema é com a prevenção. Pessoas com problemas circulatórios, diabetes, obesidade severa e acamadas devem sempre ficar atentas ao menor sinal de lesão na pele e consultar um médico regularmente. Igualmente cabe ao paciente utilizar calçados e palmilhas adequados”, aconselha a especialista. “Atualmente, também existem calçados ortopédicas, colchões e travesseiros especiais para acamados, que diminuem os riscos de desenvolver esses ferimentos”, completa.
A higienização das áreas afetadas é primordial para o sucesso do tratamento. “Moradores de áreas periféricas, que sofrem com problemas de saneamento ou, então, trabalhadores rurais, precisam ficar duplamente atentos, pois qualquer fragmento de sujeira que possa entrar em contato com as feridas aumenta o risco de complicações”, conclui a médica.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (15) 3229-0202, pelo site: apice.med.br ou pelo Facebook: facebook.com/apicemedicinasorocaba. A Ápice Medicina Integrada fica localizada na Rua Eulália Silva, 214, Jardim Faculdade, em Sorocaba (SP).
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