O Carnaval está chegando e, com isto, muita gente está planejando viajar, estendo o final de semana prolongado até a quarta-feira de cinzas. Estes dias de folga, em pleno Verão, convidam a desbravar as mais diversas opções de lazer, como seguir o trio elétrico na beira da praia, ou os tradicionais blocos, que sobem as ladeiras de cidades mineiras. Há, inclusive, aqueles que querem distância da “bagunça” e preferem se refugiar em algum cantinho em meio à natureza, ouvindo apenas o som dos ventos e dos pássaros.
Seja qual for o roteiro escolhido, é preciso estar atento aos riscos sanitários presentes na região a ser visitada, principalmente, agora, em que o país está em alerta para o surgimento de casos de febre amarela em algumas áreas dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás e, mais recentemente, São Paulo.
Dr. Alcides Poli, médico infectologista do Hospital Santo Antonio de Votorantim, explica que os casos de febre amarela não são motivo de alarme geral, mas merecem toda a atenção. “O contágio está ocorrendo apenas em regiões silvestres, de mata, então, quem vive, ou vai viajar para zonas urbanas, não precisa correr e se vacinar. Agora, quem vai para regiões de floresta, nesses estados onde foram registrados casos, é interessante que seja imunizado, pelo menos, 10 dias antes da viajem”, explica.
A vacina contra febre amarela tem eficácia por até 10 anos, sendo necessária nova dose após este período. “Quem está com a vacinação em dia não tem com o que se preocupar. Já, os que estão com a data de validade próxima do vencimento precisam tomar novamente, não sendo necessário respeitar o período de 10 dias, pois o organismo já está imune ao vírus”, detalha o especialista.
Além da febra amarela, outras doenças merecem cuidado. “Devemos ficar atentos a doenças endêmicas, ou seja, aquelas que ocorrem em determinados locais. Na região Norte, onde estão estados, como Amazonas e Pará, há sempre o risco de doenças, como a malária. No Nordeste, a preocupação é com o zika e a chikungunya. No Rio de Janeiro, é comum haver casos de dengue, então, para aonde quer que viaje, é bom procurar se informar se há alguma vacina ou recomendação especial”, esclarece o infectologista.
Além de estar sempre com as vacinas em dia, é recomendado também se prevenir quanto às picadas de insetos. “Mosquitos, como o Aedes Aegypti, transmitem uma série de doenças, então, é bom fazer uso de repelentes e, se necessário, roupas compridas, para evitar as picadas”, acrescenta Dr. Poli.
Seguindo esses cuidados, é pouco provável que se contraia uma dessas doenças, no entanto, deve-se ficar atento ao surgimento de sintomas alguns dias após chegar da viajem. “Doenças virais, como febra amarela, zika ou dengue, possuem alguns sintomas semelhantes: febre, dores no corpo, cansaço, dores de cabeça, entre outros. Caso a pessoa apresente algum desses sintomas, o ideal é procurar o médico, imediatamente e informar que visitou determinada região do país, pois, desta forma, a investigação, diagnóstico e tratamento podem ser mais rápidos e precisos, acelerando, também, a recuperação, além de orientar os órgãos responsáveis para uma possível imunização da vizinhança onde a pessoa reside”, conclui o médico do Hospital Santo Antonio de Votorantim.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.hospitalsantoantonio.com.br, ou pelo telefone: (15) 2101-0001.
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